Geração Alpha: entenda as crianças nascidas desde 2010

Essas crianças já nasceram conectadas, vivem rodeadas por tecnologia e estão desenvolvendo uma nova visão de mundo: conheça a Geração Alpha!
Criança da Geração Alpha
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Essas crianças já nasceram conectadas, vivem rodeadas por tecnologia e estão desenvolvendo uma nova visão de mundo: conheça a Geração Alpha!

“Na minha época…”

Quem nunca ouviu essa frase dos pais ou dos avós? E você já se pegou a repetindo para seus filhos?

É incrível pensar como o mundo muda em curtos períodos de tempo. A cada geração, mudam as formas de se relacionar, de se comunicar, até mesmo de trabalhar e de enxergar a realidade.

Nos últimos anos, as mudanças vêm se tornando cada vez mais rápidas e profundas. Isso está ligado aos avanços tecnológicos e influencia diretamente nossos filhos, que antes mesmo de andar já estão conectados e interagindo com aparelhos digitais. Como compreender e educar essas crianças, que chegam a um mundo já tão diferente do que conhecemos quando pequenos?

Muitos estudos já foram realizados sobre a chamada Geração Alpha, que engloba todas as crianças nascidas a partir de 2010. A seguir, você vai descobrir as principais características dos Alphas e compreender melhor como a visão de mundo desses pequenos influenciará o futuro de todos nós.

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As diferenças entre as gerações

Para começar, é importante entendermos o que significa “geração”. Em geral, essa palavra se refere a um conjunto de pessoas nascidas em determinada época. Por terem crescido em um mesmo contexto cultural, social e econômico, essas pessoas compartilham muitas características em comum.

No século passado, as gerações foram divididas com base em acontecimentos históricos marcantes, e costumavam ser recortadas em períodos de 25 anos. Entretanto, o avanço da tecnologia fez com que as mudanças se tornassem cada vez mais rápidas, e por isso hoje a duração de cada geração é menor.

A seguir, conheça as principais características das últimas gerações para compreender melhor as diferenças entre elas e a geração Alpha:

1960 – 1980: Geração X

A chamada Geração X inclui pessoas nascidas após o chamado “Baby Boom”, período em que houve um grande aumento na taxa de natalidade após o final a Segunda Guerra Mundial. Foi marcada pelo questionamento de costumes e valores, e viu nascer os primeiros computadores. No Brasil, essa geração vivenciou acontecimentos como as “Diretas Já” e o fim da ditadura.

Algumas das principais características da Geração X são: preocupação em fazer carreira, busca por seus direitos, maturidade e a busca pela individualidade sem abandonar a convivência em grupo.

1980 – 1995: Geração Y

Filhos da Geração X, a Geração Y viveu desde cedo em um mundo globalizado. Também conhecidos como Millennials, eles passaram pelo intenso desenvolvimento da tecnologia a popularização da internet em 1990. Cresceram em uma época de muita prosperidade econômica, e as crianças em geral tiveram condições financeiras melhores do que seus pais, tendo acesso a TV a cabo, computador e videogame. 

Algumas das principais características da Geração Y são: otimismo, imediatismo, hábito de fazer várias tarefas ao mesmo tempo, gosto por novas tecnologias, busca por propósito e flexibilidade no trabalho, preocupação com o meio ambiente e com causas sociais.

1995 – 2010: Geração Z

A Geração Z é muito familiarizada com as tecnologias móveis, que estão conectadas com todas as partes de suas vidas. Os primeiros integrantes dessa geração já são adultos, e nunca viram o mundo sem a presença de computadores, tablets e celulares. Em relação à carreira, essa geração não acredita na ideia de exercer uma mesma função para o resto da vida. 

As principais características da Geração Z são: ansiedade extrema, responsabilidade social e desapego de fronteiras geográficas. São inovadores, criativos, conectados e desejam criar de forma colaborativa. 

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Geração Alpha: uma nova visão de mundo

As crianças nascidas a partir de 2010 formam a mais nova geração, chamada Geração Alpha. São os filhos da geração Millennial: já pertencem a um mundo tecnológico e conectado desde os primeiros meses de vida, sendo conhecidos como nativos digitais. 

Para a Geração Alpha, não existe mais separação entre o digital e a “vida real”. Isso faz com que tenham novas formas de se relacionar, de aprender e de experimentar o mundo à sua volta.

Características da Geração Alpha

A Geração Alpha é a mais influenciada pela tecnologia até agora: seu marco de início em 2010 se deve ao lançamento do primeiro iPad, e desde então os pequenos interagem com o mundo através da tecnologia praticamente desde seu nascimento. Essas crianças se sentem mais confortáveis navegando com um tablet ou falando com um assistente de voz do que a maioria dos adultos de hoje.

Outra característica da Geração Alpha é ter nascido de pais mais velhos, em geral em unidades familiares menores, com lares com somente um filho. Com a rotina corrida, aproveitar cada momento juntos é essencial e por isso estão se fortalecendo as relações de troca entre pais e filhos. Na verdade, os Alphas valorizam muito mais as experiências do que os objetos e bens materiais. 

Eles querem inventar, interagir e se conectar sempre. Em geral, são crianças atentas e observadoras. Muito se fala sobre os Alphas serem a geração mais inteligente de todas, e esta percepção se deve em parte por essas crianças estarem inseridas em um ambiente com estímulos constantes. 

A tecnologia, as múltiplas telas e a conexão 100% do tempo faz com que os Alphas sejam bombardeados com estímulos visuais, sonoros e interativos em qualquer lugar e momento. Isso gera uma aceleração no desenvolvimento de certas habilidades, como fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo e estabelecer conexões entre diferentes assuntos, mas por outro lado pode prejudicar outras capacidades, como a concentração e a paciência.

Mais livres, versáteis, questionadores e hiperconectados: a Geração Alpha chegará aos 2 bilhões de pessoas no mundo até 2025 e promete trazer mudanças ainda mais profundas para a sociedade.

Leia também: Crianças e tecnologia – 5 dicas para uma relação saudável

A visão de mundo dos Alphas

Tudo ao redor dos Alphas, começando por seus pais, está constantemente conectado à internet. A tecnologia é uma extensão de sua vida e se tornou a principal forma de conhecer e interagir com o mundo.

A principal mudança da geração anterior para essa é que os Alphas não vêem mais os dispositivos digitais como ferramentas. Ao invés disso, enxergam a tecnologia como parte integrada de suas vidas, ou seja, para eles é impossível imaginar um mundo sem ela. Dessa forma, a separação entre o mundo físico e digital não faz mais sentido.

Uma outra mudança fundamental na visão de mundo dos Alphas é sobre a igualdade: eles enxergam cada vez menos barreiras entre as pessoas, enxergando a diversidade com naturalidade – para eles, ser diferente é normal. Separações como “coisas de menino” e “coisas de menina” caem por terra para essa geração, em que as crianças apresentam comportamentos menos limitados pelos estereótipos. 

Para as meninas, o mundo já não é visto somente em cor de rosa. Elas se identificam cada vez mais com as características de personagens que antes pertenciam apenas ao território dos meninos, passando a se interessar por temas e estilos tradicionalmente masculinos.

Ao mesmo tempo, os pais Millennials participam mais das funções da casa e da criação dos filhos, trazendo uma nova referência de paternidade que influencia o comportamento dos meninos.

Leia também: Como criar meninos e meninas para a igualdade?

O desafio de educar filhos da geração Alpha

As crianças da geração Alpha já nasceram com as respostas para praticamente qualquer pergunta ao alcance de um toque no Google. Um grande desafio para as famílias hoje é saber como educá-los em meio a tantas transformações. Como garantir para os pequenos a diversão e a leveza da infância, e ao mesmo tempo prepará-los para esse mundo novo? É claro que ainda não há uma resposta para essa pergunta tão complexa, mas já é possível apontar alguns caminhos. 

Segundo uma pesquisa do Globosat, as crianças Alphas reconhecem os pais como seus maiores ídolos – mais do que qualquer super-herói ou Youtuber famoso. Isso mostra que mesmo as atividades mais corriqueiras, como brincar ou jantar juntos, são oportunidades valiosas. O tempo em família gera vínculo afetivo em uma época de poucas conexões fora das telas, dando suporte importante para o desenvolvimento emocional das crianças.

Outro ponto relevante é que os Alphas aprendem fazendo: para eles, o conhecimento é adquirido através da experiência e as escolas precisam oferecer ambientes que estimulem esse tipo de aprendizagem. É essencial incentivar na geração Alpha o pensamento crítico e a habilidade de resolução de problemas, para que eles consigam compreender e transformar uma realidade tão complexa.

Essa geração vai conviver com tecnologias cada vez mais avançadas de inteligência artificial, e o seu papel no mundo será justamente trazer o diferencial humano. Portanto, habilidades como a criatividade, a empatia e a inteligência socioemocional se tornarão cada vez mais valiosas, devendo ser estimuladas desde a infância. 

Assim, a geração Alpha será capaz de trazer o melhor de si mesma para a construção de um futuro que nenhuma outra geração conseguiria imaginar. 

Leia também: A importância da leitura para a Geração Alpha

Um novo Clube, para uma nova geração

Se você já conhece a Dentro da História, sabe que nosso propósito é incentivar o hábito da leitura através dos livros personalizados, que transformam as crianças em protagonistas de histórias únicas no mundo, junto com seus personagens favoritos. Agora, o Clube Dentro da História chegou para oferecer experiências ainda mais incríveis para a nova geração de leitores!

No Clube da Dentro, as famílias podem criar Kits inteiros personalizados para receber em casa todo mês: além de novas histórias e personagens exclusivos, cada Kit inclui também jogos e atividades customizados com o nome e o avatar da criança. Tudo é pensado para estimular o seu pequeno, unindo leitura, educação, tecnologia e muita diversão. Saiba mais sobre o Clube Dentro da História aqui:

22 comments
  1. Para uma geração que nasceu em um mundo quase que totalmente digitalizado livros vão ser de extrema importância!!!!

    Acredito que a falta de concentração vai ser uma epidemia. Nós de outras gerações já estamos sofrendo os efeitos da hiperestimulação constante. Imagine então os que estão crescendo superestimulados!

    Em um artigo nosso a gente aborda alguns pontos legais que podem ser complementares aos abordados aqui

    https://rcreborn.com.br/geracao-alpha/

    Em uma cultura onde o conhecimento vai estar na palma da mão de todos, o professor vai perder seu papel de detentor do conhecimento e passará a ser mais um ”mentor”. Provavelmente os pupilos vão ter mais acesso a informação do que o professor jamais pensou ter. Mas a experiência é o que vai torná-lo importante na instrução dos pequenos de O QUE FAZER com tanta informação!

    1. Olá Ricardo!

      Concordamos com você, a leitura é um estímulo importante para o desenvolvimento infantil equilibrado e saudável. Ainda mais para essa geração que, como você menciona no seu post, é de uma época extremamente conectada à tecnologia.

      Aqui neste outro post falamos mais sobre a importância da leitura especificamente para a Geração Alpha: https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/familia/desenvolvimento-infantil/importancia-leitura-geracao-alpha/

      Obrigada pelo comentário e um abraço!

  2. Olá eu nasci em 1981 mas sempre tive uma visao como vc explicou dos Alpha, sempre me senti deslocada e sozinha porque as pessoas nao entendiam a minha visão de mundo. Tenho um filho nascido em 2015 e percebi que essa geraçao dele se coloca em posição de autoridade.

  3. Olá,
    Tenho netos que representam desafios, pois conheço meu papel ajudando na formação da família. A atenção de meu neto é importante, já descobri um pouco como conseguir; mas, talvez a forma mais especial que venho achando, é respeitar o contexto em que ele está inserido, visto ele saber coisas que eu nem se quer consigo entender. Outra coisa importante é o conhecimento que ele já tem de realidades que em outras épocas não eram acessíveis!

    Seu tema é valioso, já que estou convidado como preletor em um evento educativo, por esses dias. Obrigado.

    1. Olá, José!
      Ficamos felizes com seu comentário. É muito importante mesmo reconhecer as características das crianças de cada geração, afinal elas crescem em um contexto muito diferente do que nós adultos crescemos.
      Um abraço da nossa equipe!

  4. Parabéns pela matéria. Tenho um filho de 09 anos e ele possui todas as características de um alfa. Acredito que uma terapia preventiva, será de grande valia para que os pequenos desenvolvam a inteligência emocional, e possam lidar melhor com a falta de paciência e imediatismo. Não esquecendo que o amor e o carinho dos pais é o diferencial.

    1. Oi, Luciano! Ficamos muito felizes por saber que gostou da matéria.

      Concordamos com você sobre a importância da inteligência emocional no mundo de hoje.
      Te convidamos a conhecer nossa coleção de livros personalizados que trabalham este tema! Em cada um, a criança poderá compreender um sentimento e lidar melhor com os desafios do dia a dia. Além de, também, a leitura estimular vínculos afetivos entre pais e filhos 🙂
      Conheça mais no nosso site: https://www.dentrodahistoria.com.br/colecoes/eu-mundo

      Um abraço da nossa equipe!

  5. Parabéns pelo artigo….muito interessante….eu tenho um pequeno de 02 anos…e olha…..nunca imaginei tanta tecnologia disponível pra eles já……ele já tem um tablet…..ja sabe várias coisas que pra idade dele é bastante….mas brinco muito com ele……brincadeiras que eu brincava na minha época ……e claro…..não deixo ele o tempo todo conectado…….ele até briga comigo por tirar o tablet dele….mas quando ele vê minhas brincadeiras já da risada…….enfim…..a tecnologia é um forte auxílio pras crianças de hj…mas sem limites se torna a doença de amanhã……valeu.

    1. Olá, Rudinei! Muito obrigada pelo seu comentário!
      Que bom saber que gostou do artigo e que você estimula seu pequeno com e sem a tecnologia. Equilíbrio é mesmo o caminho para um desenvolvimento saudável 🙂
      Um abraço da nossa equipe!

  6. Meu filho tem 12 anos e é muito atento para algumas coisas e totalmente desatento para outras. Aquilo que ee não gosta ele parece que nem quer saber e não se esforça para entender. Não consegue ver motivos suficientes para entender história (matéria que so trás gente morta, segundo ele) ou a matemática mais “cabeluda”. Adora tudo relacionado com YouTube e Ti. Como pais nos sentimos desafiados a primeiramente, dosar a qualidade e a quantidade de horas e de conteúdo de exposição de telas. E em segundo momento tentar motivar e mostrar a importância de se envolver também com matérias que julga menos importantes e obter melhores resultados. Introduzimos em sua rotina a música, uma psicóloga e atividades físicas. Existem conflitos de autoridade e respeito que podem refletir em nosso filho até mesmo pela estrutura familiar e assim eu e minha esposa buscamos entender e transformar em nosso dia-a-dia o que pode ser melhorado. Um desafio diário!

    1. Oie, Rômulo! Tudo bem?

      Obrigada por compartilhar sua história com a gente.

      Lendo seu relato, vemos muito amor e dedicação para proporcionar, além de uma boa educação para seu filho, diferentes estímulos para que ele conheça mais possibilidades e descubra o mundo de forma completa. Acreditamos que tudo isso trará um resultado incrível no presente e no futuro. 🙂

  7. Boa tarde! Li a matéria sobre a geração Alpha e sinceramente não concordo totalmente com o conteúdo, pois, o que vamos nas escolas é o oposto do que é relatado . As crianças estão mais distraídas, desatentas, sem foco, sem interesse e não são criativas como antes. Falta regras, limites e o mais importante empatia. Infelizmente temos visto uma geração vazia, sem amor ao próximo, sem respeito aos pais e mais velhos e só se concentram no ter e não no ser. A tecnologia tem seus pontos positivos, porém, o que vejo nas salas de aula é uma ansiedade excessiva, inconstância, agitação e às vezes abstinência pela falta da telas. Salvemos nossas crianças desse excesso de informação sem maturidade suficiente para digerir esse “mundo tecnológico”.

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