Desenho sobre autismo incentiva a inclusão de crianças com TEA

Produzido no Brasil, “Pablo” é um desenho sobre autismo que apresenta desafios das crianças com TEA e promove a inclusão de forma lúdica.
"Pablo" é um desenho sobre autismo
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Produzido no Brasil, “Pablo” é um desenho sobre autismo que apresenta desafios das crianças com TEA e promove a inclusão de forma lúdica.

Desenhos infantis são fonte de informação e de referências para as crianças, que estão constantemente aprendendo a partir do contato com os conteúdos hoje disponíveis em tantos formatos diferentes – seja na televisão, no cinema ou mesmo na internet. 

Por isso, existe uma crescente preocupação com a qualidade de séries e filmes infantis, e um dos principais pontos levantados atualmente é o da representatividade. Se as crianças aprendem e se espelham nos personagens que gostam, não é essencial que tenham contato com referências positivas e diversificadas?

Em 2018, foi lançado o primeiro desenho sobre autismo produzido no Brasil, que trata da temática dos Transtornos do Espectro Autista. A série “Pablo” é protagonizada por um menino autista, e mostra como ele reage a diferentes situações e enfrenta os desafios de seu dia a dia. Saiba mais sobre a série a seguir!

Conheça o desenho sobre autismo para crianças 

Qual é o problema de cortar o cabelo, ir ao supermercado ou estar em uma festa de aniversário barulhenta? Para crianças e adultos neurotípicos, pode ser muito difícil compreender as dificuldades que pessoas no Espectro Autista enfrentam devido às suas diferentes formas de sentir e interagir com o mundo à sua volta. 

“Pablo não pensa assim, vê o mundo de outro jeito!”. Esse é o primeiro verso da música tema de “Pablo”, que resume bem o objetivo da série de animação: mostrar o ponto de vista de uma criança com autismo, para gerar mais empatia e promover a inclusão.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que influencia principalmente as habilidades sociais e a comunicação. A palavra “espectro” da sigla TEA (Transtorno do Espectro Autista) refere-se ao fato de que os sintomas podem ser muito diferentes de pessoa para pessoa. 

Neste desenho sobre autismo, o protagonista Pablo é um menino de 5 anos, que tem TEA e é muito inteligente. A cada episódio, o menino enfrenta uma situação diferente que lhe causa algum tipo de ansiedade ou desconforto. Sempre que isso acontece, ele usa seus lápis mágicos para desenhar e pintar. Assim, entra no Mundo das Artes, onde, com a ajuda de seus amigos que também têm autismo, encontra maneiras criativas de superar cada situação.

“Pablo: O Pequeno Herói com Autismo” estreou em janeiro de 2018 no canal da TV paga Nat Geo Kids, em uma iniciativa do Núcleo Autismo e Realidade, do Instituto Pensi. Hoje o desenho também está disponível no Netflix, com mais de 50 episódios de em média 10 minutos de duração.  

Representatividade para crianças com autismo

Desenho sobre autismo no Netflix
Cena da abertura de “Pablo”

Mesmo com os debates sobre inclusão sendo cada vez mais comuns, ainda não encontramos personagens com autismo em desenhos infantis. Um dos pioneiros no Brasil foi o personagem André, que faz parte da Turma da Mônica desde 2002. Em 2017 a Vila Sésamo incluiu a personagem Júlia, que também contribui de forma educativa para a conscientização desde a infância.

Na série “Pablo” a ideia de inclusão vai ainda mais além: além do personagem com autismo, o desenho foi estrelado, produzido e dublado por jovens com TEA. Eles se inspiraram nas suas próprias experiências para elaborar o roteiro,  escrito de forma colaborativa para resultar nas histórias divertidas, educativas e lúdicas de cada episódio. 

A verdade é que a representação de pessoas com TEA em conteúdos infantis é valiosa para todos. Por um lado, incentiva o protagonismo de crianças com autismo, dando a elas referências positivas e mostrando como são importantes, podem conviver, ter amigos, e realizar muito mais. Por outro, essa representatividade ajuda as outras pessoas a terem acesso a informações sobre os Transtornos do Espectro Autista, promovendo assim maior compreensão, empatia e inclusão.

Leia também: 6 dicas para ensinar crianças com autismo a ler 

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