Maternidade real: um relato sincero sobre os aprendizados do maternar

Entre mudanças corporais, adaptações na vida pessoal, no trabalho e cobranças sociais inatingíveis, a maternidade para grande parte das mulheres pode ser tanto um período único e mágico, quanto desafiador e por vezes solitário.

Segundo uma pesquisa realizada pelo CineMaterna em parceria com o ateliê NOZ Pesquisa e Inteligência, 49% das mulheres entrevistadas consideram muito difícil conciliar a vida pessoal com a maternidade.

Para falar desse tema tão necessário quanto plural, conversamos com a Camila Pereira, que é mãe da pequena Maitê e responsável pelos Licenciamentos e Novos Negócios da Dentro da História. Ela compartilhou como foi sua experiência ao se tornar mãe.

Acredito que a realidade nua e crua é a única forma de ajudar uma mãe de primeira viagem ou tentante. Conteúdos que romantizam a maternidade não permitem que as mulheres se preparem realmente para as guerras que estão por vir”, afirma ela.

Confira a seguir o relato da Camila sobre o maternar na vida real, sem cair no mito da maternidade perfeita.

Mudanças além dos hormônios

Desde o momento da descoberta da gravidez até o parto e o puerpério, grandes transformações acontecem tanto na vida da mulher, quanto do casal e da família. Entretanto, quem mais sente essas mudanças são as mães, que lidam de uma só vez com inúmeras transformações, como relata Camila especialmente sobre o período do puerpério:

“Hormônios à flor da pele, palpites de todos os lados, questionamentos, sentimentos variados, privação de sono, cansaço, inconstâncias de todos os gêneros, solidão, sensibilidade, amor, muito amor por aquele serzinho que não vem com manual de instrução”.

De forma sincera, Camila conta que durante esse período, sentia-se dividida entre o que queria ser profissionalmente e o dever de ser mãe. Ela conta também, que foi um momento desafiador ter que lidar, temporariamente, com o fato de precisar de mais apoio e perder de uma certa forma a independência que havia conquistado em sua vida pessoal e profissional.

“Você fica dividida entre o que você quer profissionalmente e seu dever e amor de mãe”, diz Camila.

É possível realizar o sonho de ser mãe, sem cair na culpa de não cumprir todas as exigências sociais da maternidade perfeita? Existem diversas respostas para essa pergunta, além de muitas mães e profissionais que têm se unido cada vez mais por uma maternidade real.

O mito da maternidade perfeita

A maternidade é uma nova relação que se constrói, como aponta Maria Lucia Homem, que é psicanalista e professora. Ou seja, se tornar mãe ou pai é transmitir uma determinada forma de educar, de como se alimentar, de como dialogar, dentre outras coisas. E do outro lado, aprender a escutar a criança que tem muito a nos ensinar.

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Debater sobre a maternidade real, não é retirar as responsabilidades da parentalidade, mas entendê-las menos como cobranças sociais que apenas uma pessoa, no caso a figura materna, necessariamente precisa lidar sozinha. 

A pesquisa do CineMaterna em parceria com o ateliê NOZ Pesquisa e Inteligência, também mostra que  45% das mães sentem-se muito julgadas e/ou cobradas sobre assuntos relacionados à maternidade, sendo os principais deles a vida profissional e pessoal. Indo de encontro com esse sentimento, Camila ajuda a desmistificar esse momento vivenciado por tantas mães.

“O segredo é levar este período com leveza, mas eu não consegui e não me cobro, porque não é fácil. Para mim foi bem desafiador”, afirma.

Prova disso é que nos últimos anos têm surgido novas formas possíveis de maternar por meio da colaboração e do afeto, que proporcionam igualmente toda a educação e cuidados que as crianças necessitam.

Parentalidade real: um caminho possível

O termo parentalidade surgiu na década de 1980, com Sergio Lebovici, que trouxe um olhar mais amplo para o tema. O psicanalista francês abordou o conceito da transgeracionalidade: que se trata de tudo o que os pais transmitem aos filhos e que são herdados de sua família. 

Atualmente a parentalidade caminha lado a lado com a rede de apoio para mães e pais, que em grande parte dos casos é formada pelos familiares. Camila fala sobre como foi importante o apoio que recebeu de sua mãe durante os primeiros dias após o parto:

“Confesso que só descobri a importância de ter tido minha mãe em casa por 10 dias quando ela foi embora, porque a rotina é tão intensa, tão cansativa que você não quer ninguém por perto.”

Como tornar a maternidade mais leve?

Mesmo com diversos desafios, constantes aprendizados e transformações, o maternar é uma experiência única que muda para sempre a vida das mães, dos pais e de toda a família. Por isso, registrar cada etapa dessa jornada é importante para se lembrar no futuro dos momentos que compartilharam junto com a criança. 

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Veja também: Livro do bebê personalizado: conheça e saiba como fazer

Camila Bellintani Pereira é mãe da Maitê, apaixonada pela vida e pelas relações reais, especialmente na maternidade. Na Dentro da História atua no time de Licenciamento e Novos Negócios se dedicando a encontrar novos conteúdos e parceiros que estejam dispostos a transformar a conexão das crianças com a leitura.

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